... mas vou ficar. Ao fim de quase 2 anos em Angola, regresso em definitivo a Portugal. A ronda dos jantares de despedida cumpre-se. Alguns "Adeus". Mas também e felizmente, muitos "Até já"...
Já vou. Mas também vou ficar. Não o meu corpo, mas parte do meu coração, repartido por multiplos pedacinhos guardados no coração de cada uma das pessoas que nesta terra fantástica conheci e com quem privei.
Em boa verdade, sempre aqui estive. Metade do meu ADN nasceu cá na Praia do Bispo, Luanda, corria o ano de 1953. Por isso, quando para aqui vim em Setembro de 2015, vim redescobrir onde parte do meu ADN tinha nascido. Não é por acaso - agora o entendo - que sempre gostei de tecidos tribais, decoração de casa que lembra a natureza e filmes cujo pano de fundo é África. Agora entendo-o: estava cravado no meu ADN.
Já vou, mas para sempre África ficará comigo. O cheiro da terra (que tantas vezes a minha mãe recordava), a cor das flores das acácias, a imponência e beleza singular dos imbondeiros, a pintura simples, quase naïfe, espelhada em tantos quadros representando o quotidiano dos homens e mulheres angolanos... tudo isso fica comigo.
Os pedacinhos do meu coração que por cá ficam lembrar-me-ão sempre que 8.690,2Km's são só um numero e 8 horas de avião. Não significam perda, tristeza ou adeus definitivo. Nos jantares de despedida que por esta altura vão acontecendo não tenho sentido dor ou tristeza, porque também levo daqui pedacinhos de coração, entregues com sereno carinho e recebidos por mim com uma gratidão imensa. Os "até já" são isso mesmo. Sem rodeios.
Daqui para a frente, estarei sempre e permanentemente ligada. Aqui e lá.
Já vou. Ficando por aqui...
Já vou. Mas também vou ficar. Não o meu corpo, mas parte do meu coração, repartido por multiplos pedacinhos guardados no coração de cada uma das pessoas que nesta terra fantástica conheci e com quem privei.
Em boa verdade, sempre aqui estive. Metade do meu ADN nasceu cá na Praia do Bispo, Luanda, corria o ano de 1953. Por isso, quando para aqui vim em Setembro de 2015, vim redescobrir onde parte do meu ADN tinha nascido. Não é por acaso - agora o entendo - que sempre gostei de tecidos tribais, decoração de casa que lembra a natureza e filmes cujo pano de fundo é África. Agora entendo-o: estava cravado no meu ADN.
Já vou, mas para sempre África ficará comigo. O cheiro da terra (que tantas vezes a minha mãe recordava), a cor das flores das acácias, a imponência e beleza singular dos imbondeiros, a pintura simples, quase naïfe, espelhada em tantos quadros representando o quotidiano dos homens e mulheres angolanos... tudo isso fica comigo.
Os pedacinhos do meu coração que por cá ficam lembrar-me-ão sempre que 8.690,2Km's são só um numero e 8 horas de avião. Não significam perda, tristeza ou adeus definitivo. Nos jantares de despedida que por esta altura vão acontecendo não tenho sentido dor ou tristeza, porque também levo daqui pedacinhos de coração, entregues com sereno carinho e recebidos por mim com uma gratidão imensa. Os "até já" são isso mesmo. Sem rodeios.
Daqui para a frente, estarei sempre e permanentemente ligada. Aqui e lá.
Já vou. Ficando por aqui...
Já vens... e vais ficar.
ResponderEliminarHá parte de ti que não conheço e parte de mim que desconheces - a distância foi ultrapassada, mas há detalhes que têm agora de ser partilhados para completar episódios que o tempo e a distância tornaram mais breves.
Agora vamos ter tempo para os partilha na sua plenitude.
Aos jantares de despedida daí, vão seguir-se os jantares de chegada aqui.
Egoisticamente penso que se a nossa ligação se não perdeu é porque realmente vale a pena e é forte. E se o é, por algum motivo será.
Vamos usufruir?
;)
VAMOS!
EliminarE "na mouche" quanto à redescoberta mútua... merece até um próximo post...