24 de fevereiro de 2016

Se o Feiticeiro de Oz pudesse tele-transportar-nos...

Sabes, no outro dia partiu-se-me o coração...

Perante uma saída de casa para umas meras compras e o meu aviso a toda a criançada para se prepararem para sair, o P. atira-me com esta: "Mamã, vamos a casa dos avós, vamos, vamos,vamos?!?!", diz ele todo contente perante a perspectiva de os rever.

Ele não sabe. Ainda não sabe. Ainda não tem a noção de que estamos a 8.690,2 kms de distância da casa dos avós. Não tem a noção de que, mesmo que saíssemos naquele instante em direcção a casa dos avós, demoraria pelo menos 10 horas a lá chegar. Não tem a noção de que estamos longe, muito, muito longe da casa dos avós.

"Toto, I've a feeling we're not in Kansas anymore.", disse a Dorothy.

Meu doce P., tenho a impressão de que já não estamos em Portugal ...

23 de fevereiro de 2016

DICIONÁRIO PORTUGUÊS-ANGOLANO

Créditos: www.angolamonitor.co.ao

Lembro-me sempre de ti quando me deparo com palavras angolanas novas! Aprender novas palavras e integrar novas linguagens no teu cérebro é de certeza como brincadeira de crianças, mas para mim é um exercício de tentativa-erro lento...

Mas com o tempo passado por estes lados vamos aprendendo cada vez mais palavras novas e, na minha opinião, super engraçadas. É claro que no primeiro contacto não entendíamos patavina sobre o que queriam dizer. O significado de algumas palavras o marido já sabia, o de outras chegamos lá pelo contexto e outras ainda só com pesquisa em casa ficamos a perceber o que queriam dizer. A cara de parva que já fiz por não "apanhar uma" do que me estava a ser dito tem os seus dias contados. 

Pode ser que um dia se consiga ter por casa um diálogo parecido com este:
- Meninos, desliguem a tape e venham matabichar! Já olharam para o ulá? Vão chegar atrasados e olhem que o ruca não tem asas...
- Vai malembe, estamos indo, ya? Mamã, sabes o que eu queria ter no meu aniversário? Uma grande boda e uma jinga!
- Xii, anduta pedir! Sabes que para isso que pedes é preciso gastar cumbú! Presta atenção a esta ocipama: és apenas uma candengue, mas para evitares makas na tua vida tens de aprender que o cumbú é difícil de ganhar e só bumbando se consegue. Quem for imbumbável terá fobado e mesmo que tenha muito cambas para o ajudar, terá sempre de se esforçar para ter as coisas que quer na vida.
- Então e não basta ir ao multicaixa?
- É preciso que tenhas cumbú na conta bancária.
- Pois... então e se eu for à loja e pedir uma jinga emprestada?
- Não funciona assim. Se quiseres levar uma coisa sem pagar ficas com uma kilapi e se não pagares essa kilapi a magala aparece e podes ir para a quionga!
- Isso é que era quitute! Nem pensar, não vou fazer isso. Não vou jajar, fiquei panco por aquela jinga que vi na loja! Mas há coisas mais importantes, como ter pitéu na mesa para todos.
- Ya! Assim é que se fala!
- Hum... e se me desses uma gasosa por eu pôr o lixo lá fora? Assim juntava dinheiro mais rapidamente para comprar o que quero...
- E se levasses uma mbenda no mataco pelo atrevimento? Fazes o que a mãe te pede e mais nada! Ya?!
- Ya...

(Tradução:
- Meninos, desliguem a televisão e venham tomar o pequeno-almoço! Já olharam para o relógio? Vão chegar atrasados e olhem que o carro não tem asas...
- Vai com calma, estamos a ir, está bem? Mamã, sabes o que eu queria ter no meu aniversário? Uma grande festa e uma bicicleta!
- Epá, pedir é fácil! Sabes que para isso que pedes é preciso gastar dinheiro! Presta atenção a esta lição: és apenas uma criança, mas para evitares problemas e confusões na tua vida tens de aprender que o dinheiro é difícil de ganhar e só trabalhando se consegue ter. Quem não quiser trabalhar terá fome e mesmo que tenha muito amigos para o ajudar, terá sempre de se esforçar para ter as coisas que quer na vida.
- Então e não basta ir ao multibanco?
- É preciso que tenhas dinheiro na conta bancária.
- Pois... então e se eu for à loja e pedir uma bicicleta emprestada?
- Não funciona assim. Se quiseres levar uma coisa sem pagar ficas com uma dívida monetária e se não pagares essa dívida a policia aparece e podes ir para a cadeia!
- Isso é que era doce! Nem pensar, não vou fazer isso. Não vou mentir, fiquei apaixonada por aquela bicicleta que vi na loja! Mas há coisas mais importantes, como ter comida na mesa para todos.
- Sim senhora, assim é que se fala!
- Hum... e se me desses uma gorjeta por eu pôr o lixo lá fora? Assim juntava dinheiro mais rapidamente para comprar o que quero...
- E se levasses uma chapada no rabo pelo atrevimento? Fazes o que a mãe te pede e mais nada! Sim?
- Sim...

E para saber mais sobre o dicionário angolano, deita uma espreitadela aqui. Vale a pena :)

19 de fevereiro de 2016

SOMOS UMAS BATATAS!

Desenho feito pelo P. retratando a sua família

Admirem este primeiro desenho que o meu filho fez representando-se a si, às irmãs e os seus pais.

Estão a ver-nos? Somos aqueles desenhos roxos.

Todo orgulhoso, o P. explicou quem é quem: ele é o desenho roxo mais pequeno, as irmã mais nova é o desenho maior logo a seguir e assim por diante, até chegar ao desenho da mãe, o maior. "Então o pai é mais pequeno que a mãe?!" exclama o papá. A irmã mais velha de imediato explica: "a mamã é mais alta que tu por isso o P. desenhou bem, está certo!"

E pronto, é isto. Aqui estamos nós. Somos umas batatas...
(e a mamã é mais alta que o papá...)

17 de fevereiro de 2016

DOCE INCONSCIÊNCIA DO PERIGO

Créditos: www.ulengocenter.co.ao

Lembras-te das “Cadeirinhas”, uma atracção nas Feiras Populares de Lisboa e Porto, proibidas devido a um grave acidente durante um S. João no Porto que causou vítimas mortais? No Ulengo Center, um parque de diversões situado no município de Belas em Luanda, podemos encontrar esta famosa atracção, que até é permitida a crianças com menos de 10 anos. Um must!

Neste parque de diversões podemos também temer pela vida dos nossos petizes na roda gigante comprada em segunda mão e que manifesta claramente falta de manutenção, na montanha-russa cujo barulho que as ferragens fazem lembra um edifício prestes a ruir e ainda no mini comboio da mini montanha russa que embora tenha cintos de segurança para evitar que a criançada que se lembre de se levantar a meio da viagem não consiga saltar do comboio em andamento, não tem qualquer procedimento de segurança para evitar que a criançada saia do mini comboio quando esta pensa que a viagem terminou e se prepara para sair do comboio e de repente... o comboio arranca novamente! 

Qual foi o procedimento de segurança a que eu assisti nesta atracção? O meu grito de pânico quando num segundo vi uma criança a sair do comboio e no segundo seguinte o comboio arranca! O motorista do comboio pára e a criança volta a sentar-se. Porque eu gritei com a criança prestes a cair no fosso entre o passeio e o comboio para ela se sentar novamente, queda esta capaz de raspar joelhos e braços, de causar contusões na cabeça e sabe-se lá mais o quê.

No meio do espanto por parte destes adultos relativo às parcas condições de segurança de alguns equipamentos, a nossa criançada estava alegre e ingenuamente alheia ao facto de se poderem magoar à séria com certas atracções disponíveis neste parque de diversões.

Valha-nos a sua ignorância pois ela traz felicidade. Valha-nos a nossa atenção redobrada pois ela traz... idas ao hospital desnecessárias.

12 de fevereiro de 2016

Pela primeira vez: estou como a chuva!

Apesar de ser um bebé de junho, a verdade é que gosto mais do inverno.
Do frio!
Do aconchego do casaco quente!
Da mantinha no colinho!
Mas... ultimamente... não sei... a minha cabeça tende a divagar e dou por mim a pensar na injustiça que é a chuva.
Vamos lá a ver: eu gosto dela e reconheço a sua importância. Mas não consigo deixar de pensar que há quem não tenha um teto, um abrigo e esteja à mercê deste clima que tanto leva de nós.
Sempre tive consciência da nossa sorte e dou inúmeras vezes graças por ela - mas ultimamente não me sai da cabeça quem a não tem. Ao ponto de não conseguir aquecer.
Será a idade que me amolece... será a minha cabeça a chamar-me a atenção para aquela que é parte da minha essência e que tenho descurado.
Não sei!
Só sei que me sinto como o tempo de chuva: frio e cinzento!
 
(desculpa, Amiga minha: mas nem sempre as nossas publicações terão de fazer sentido, pois não?)

11 de fevereiro de 2016

ANDAR DESCALÇO E CONTACTOS IMEDIATOS DO TERCEIRO GRAU

Quando era pequena adorava andar descalça no pátio da casa dos meus pais. E no verão a casa aquecia tanto que ter a palma do pé em contacto com a tijoleira fria da cozinha era uma das minhas formas preferidas para aguentar o calor.

Em Luanda está sempre muito calor. Mesmo quando chove (as famosas chuvas tropicais em que de repente cai uma tromba de água durante 10 minutos que tudo inunda!) o ar está sempre muito quente. As casas levam com o sol escaldante o dia inteiro e portanto são uma sauna. O ar condicionado nas divisões principais de uma casa é uma necessidade básica, não um luxo. E perante tanto calor, só apetece andar descalço, dentro de casa e fora.

Só que há uma pequenininha, tinyzinha, pituchizinha diferença entre andar descalço dentro de casa ou no pátio, em Portugal e em Angola: bichos rastejantes!

Por estes lados, andar descalço incorre no perigo de calcar gafanhotos, centopeias de 6 centímetros, baratas castanhas e pretas, lagartas nojentamente peludas, lagartixas pequeninas de 6 centímetros ou grandes de 10 centímetros (sim, a partir de 9,5 cm já são por mim consideradas grandes!), formigas de 9 milímetros (que parece que se morderem, nos arrancam um dedo do pé...) ... enfim, uma miríade de fauna maravilhosa para se ter um contacto próximo e quem sabe até combinar um café num final de tarde, se eu fosse o Charles Darwin nas Galápagos.

Mas não sou. Sou apenas a Sónia que tem horror a estes bicharocos. Nada contra estas espécimes, acredito que devem ser seres simpáticos e até bastantes conversadores, mas daí a ir tomar um café com eles... 

E só de imaginar o meu pé a tocar, mesmo ao de leve, em algo potencialmente peludo ou crocante e que me pode morder e/ou transmitir alguma doença que só existe por estes lados e para a qual não há vacinas e mesmo que houvesse só há num hospital qualquer o tratamento necessário mas que é longe daqui e cujas estradas para lá chegar são quase intransitáveis e quase que nem vale a pena tentar o tratamento lá e portanto resta-nos rezar para que todas as vacinas que tomamos ao longo da vida mais as obrigatórias que nos injectaram antes de viajarmos para o continente africano tenham servido para alguma coisa e quem sabe - quem sabe! - o nosso corpo até tenha a capacidade e resistência para lidar com estes novos desafios! (ufa... deixa-me respirar...)

Em resumo: podemos andar descalços por estes lados. Mas pelo sim pelo não... é melhor ter a chinela entre o pé e o chão!


ÀS VEZES NÃO É PRECISO DIZER MAIS NADA...

"Esbarrei" neste site, o Eu, mãe para ler um determinado artigo e entretanto "dou de caras" com outro artigo que é tão contundente de tão certeiro que é. E a mensagem é válida para mães, pais, mulheres, homens, crianças... Não se explica, apenas se lê. E se estivermos preparados para aceitar essa verdade, se interioriza:

"ESPAÇO DA MÃE | TU ÉS SUFICIENTE!
Por Tatiana Homem

Não sei onde estás enquanto lês este texto. Podes estar a navegar na net, aproveitando os poucos minutos que tens disponíveis para ti. Ou, se calhar alguém te fez forward deste texto para o trabalho. Ou estás na casa de banho, com o telefone nas mãos e a porta trancada, a tentar controlar as lágrimas porque este foi mais um daqueles dias que só te apetece esquecer.

Onde quer que estejas, seja o que for que estás a fazer, esta mensagem é para ti e começa assim… Tu és suficiente.

Pensa nestas palavras por um minuto.
Tu és suficiente.

Tal como quando estás a provar um vinho especial, saboreia estas três palavras e guarda-as na tua cabeça.

Tu és suficiente.

Lembro-me da primeira vez que descobri que estava grávida. Olhei com descrença para o resultado do teste. A alegria que senti foi imediatamente ultrapassada pela preocupação.
Bebi alguns copos de vinho este mês; comi sushi; tomei medicação… Já sou uma má mãe. Não sou suficiente.

Durante o trabalho de parto, lembro-me de pensar como será possível conseguir tomar conta de outro ser humano, se mal estou a conseguir dar conta desta tarefa? Em que me fui meter? Eu não sou suficiente.

Noite após noite, a cada três horas, amamentei. Enquanto segurava o meu bebé nos braços, preocupava-me.
Estou cansada; só quero dormir; sou egoísta por estar a pensar em mim e no sono que estou a perder. Sou uma má mãe. Eu não sou suficiente.

Uma queda das escadas ou no pátio, o bater com a cabeça e a viagem até às urgências pediátricas…. Momentos assustadores na vida de uma criança pequena. Enquanto limpava as lágrimas do meu filho, preocupei-me.
Não consigo acompanhar. Não sou suficientemente rápida; não sou suficientemente competente. Não sou suficiente.

Trabalhos de casa, testes, fazer e perder amigos… todos os stresses de educar uma criança em idade escolar. Quando penso nesta fase da vida, fico ansiosa.

Não sei o que estou a fazer. Não compreendo estes trabalhos de casa. Não posso protegê-lo dos amigos que o querem magoar. Serão as notas dele suficientes? Não sou suficiente.

Ir trabalhar, ficar em casa… estas decisões sobrecarregam-me.
E se estou a tomar a decisão errada? E se o meu trabalho afeta a relação com os meus filhos? E se, mesmo ficando em casa, não for uma boa mãe? Não sou suficiente.

Não sou suficiente. Estas palavras roubam-nos a alegria e destroem-nos a confiança na nossa capacidade de sermos mães.

Tens de fazer alguma coisa… tu és suficiente!

Quer tenhas adotado, feito uma cesariana, levado ou não epidural, feito o parto em casa ou no hospital.. .tu és suficiente.

Quer tenhas amamentado ou dado biberão, quer o teu filho tenha dormido no berço ou na tua cama… tu és suficiente.

Quer o teu filho tenha notas médias ou espectaculares, um amigo ou muitos amigos… tu és suficiente.

Quer trabalhes fora de casa ou estejas em casa… tu és suficiente.

E eu sei isto porque há uma criatura pequena que te ama e olha para ti com adoração. Sei que és suficiente porque há alguém que rejubila em ser amado por ti.

És mãe. O facto de pensares que não és suficiente mostra o quão extraordinária tu és. Independentemente da idade dos teus filhos, eles precisam que tu gostes de ti própria tanto quanto gostas deles. Eles precisam que tu percebas que és suficiente.

Onde quer que estejas, seja o que for que estás a fazer… esta mensagem é para ti.

Sim, tu és suficiente.

Tatiana

Texto adaptado de The Deliberate Mom"

Créditos: http://www.eumae.pt/pt/post/mae/015309.espaco.da.mae...tu.es.suficiente

3 de fevereiro de 2016

ANDA UMA MÃE A CRIAR UM FILHO...

...para ouvir uma destas:

"Mãe! O que é que vai ser o jantar hoje? É que cheira mesmo mal!"

(o que é que apetecia fazer de imediato à criança depois de ouvir uma destas?!? Exacto! Não sei como me contive...)

2 de fevereiro de 2016

BABAS E BEIJOQUICES

Créditos: www.lovethesepics.com

O meu mais novo ultimamente anda um beijoqueiro! Será por ter 3 anos e ser rapaz?! Os teus rapazes passaram por esta fase? Agora, a toda a hora, o P. corre para mim e quer dar-me um beijinho na face. Outras vezes é um beijinho na face, outro no nariz, outro no queixo e por ultimo outro na testa. Exactamente por esta ordem.

Quando lhe ralho porque desobedeceu a uma ordem ou fez uma asneira propositadamente, põe o olhar "Gato das Botas do Shrek" e dá-me um beijinho. Para me engraxar e amolecer.
(e consegue o seu intento...)

Outras vezes teima que seja eu a vesti-lo e não o pai, mas como os adultos insistem na distribuição de tarefas, tem de me dar um beijinho antes de o pai o vestir.

Mas ontem foi "O" dia da beijoquice! Depois de um primeiro dia de infantário com choro matinal, o final da tarde foi radicalmente diferente: assim que pôs os olhos em mim e no pai, correu na nossa direcção, subiu para o meu colo e deu-me beijos na face até mais não, com uma alegria tal que parecia que tinha estado longe de nós durante um mês! Foram tantos os beijos que a dada altura as minhas bochechas ostentavam baba! Mas não me importei nada com isso. 

Nunca me soube tão bem ter o meu filho beijoqueiro nos braços como ontem...

1 de fevereiro de 2016

AGONIAS E APERTOS...

Como sabes, iniciou hoje a escola para os meus filhos.

Nestes últimos dias, antecipei deliciar-me com o sabor do silêncio em casa. Imaginei a imagem dos meus pulmões a encherem-se de ar por eu finalmente respirar fundo. Visualizei-me a sorrir perante a casa vazia de crianças, sem brinquedos e migalhas de pão espalhados por todo o lado. Projectei alegria no meu coração por este dia finalmente ter chegado.

Mas amiga, eis a realidade:
Sinto-me agoniada e com o coração apertado. Entrei em casa depois de entregar os meus filhos e estranhei, de uma forma esquisitamente má, o silêncio reinante. Os meus pulmões não conseguem encher-se de ar porque o meu peito está apertado de preocupação. Arrumei os brinquedos esquecidos ontem na sala de estar e suspirei de melancolia. O meu coração sente-se um pouco triste...

Foram muitos meses a ser mãe a tempo inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana. E agora que finalmente estou sem eles durante o dia, agora que finalmente tenho tempo para mim, sinto um vazio. O que vou fazer agora sem eles? O que vou ser eu agora sem eles? Como vou ser eu agora sem eles?

Se calhar... agora é o tempo de cuidar de mim. De me colocar em primeiro lugar. De me sentir eu novamente. De me recuperar novamente...

... pelo menos até à hora de ir buscar os miúdos à escola, depois vou ser toda mãe novamente! E ansiosa por saber como lhes correu o dia!
(com a certeza de que não vão querer saber como correu o meu...)